Literatura

(Im)previsível - Andrea Pelagagi e Ilustrações de Luiz Zonzini

O livro (Im)previsível conta uma história que nos surpreende do início ao fim. O lindo trabalho de ilustração do designer Luiz Zonzini, encanta, cativa e convida o leitor a descobrir em cada página algo novo.

Ao folhear o livro há um desejo de que a história continue, e acho que esse é o sentimento mais incrível que se pode despertar num leitor.
                               

Morada das Lembranças - Daniella Bauer 

Há histórias que nos fazem sorrir e outras que nos fazem sonhar e há aquelas que são tão especiais e nos tocam de um modo tão particular que a gente vai lendo devagarinho, encantando-se com cada trecho, desejando não acabar. É assim que me senti ao ler o livro 'Morada das Lembranças' de Daniella Bauer.


Memórias inventadas - Manoel de Barros 

Minha história com Manoel de Barros começou numa aula com a professora Juliana Loyola, da PUC-SP. Através do olhar dela conheci todo um universo. O trabalho de ilustração, as diferentes traduções, adaptações e edições de uma mesma história infantil.

Numa aula, nos trouxe a poesia de Manoel de Barros. Leu para toda a classe exatamente este poema:

''Acho que o quintal onde a gente brincou é maior do que a cidade. A gente só descobre isso depois de grande. A gente descobre que o tamanho das coisas há que ser medido pela intimidade que temos com as coisas. Há de ser como acontece com o amor. Assim, as pedrinhas do nosso quintal são sempre maiores do que as outras pedras do mundo. Justo pelo motivo da intimidade. (...) Se a gente cavar um buraco ao pé da goiabeira do quintal, lá estará um guri ensaiando subir na goiabeira. Se a gente cavar um buraco ao pé do galinheiro, lá estará um guri tentando agarrar no rabo de uma lagartixa. Sou hoje um caçador de achadouros da infância. Vou meio dementado e enxada às costas cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos (...)".

A poesia que a professora leu, fazia parte das Memórias Inventadas do poeta. Memórias contadas em três fases: Infância, Segunda Infância e Terceira Infância. Memórias guardadas dentro de três caixinhas e envoltas em fitas de cetim. À espera de leitores que as desvende.

Manoel de Barros construía por meio das palavras, uma realidade distinta, em que caracóis, rios, árvores e passarinhos, compunham uma bela imagem da vida, da infância, da natureza. E me apaixonei.

E ainda há as belas iluminuras da Martha Barros, filha do Manoel de Barros, que ilustra os seus livros, numa junção encantadora entre vida e arte, imagens, cores e palavras. 

O resultado é essa poesia que tem jeito de história da gente, de família da gente, de nossa própria infância.

Para ver, sentir e se emocionar com a poesia de Manoel de Barros:


Poesia na varanda - Sonia Junqueira 

O livro ‘Poesia na Varanda’, traz belas ilustrações coloridas, palavras que encantam, ensinam e convidam crianças e adultos a descobrir em cada página, um novo poema, uma nova forma de ver o mundo.

“Me arrebatou a poesia
trazida pelas palavras
abrigadas entre as páginas
do livro que alguém lia
e que deixou por ali:
mundo entrando pelos olhos,
enriqueceu minha vida.”


Alice no País das Maravilhas - Lewis Carrol 

Li a história da Alice quando eu já era adolescente, o que não impediu-me de me apaixonar pela menina curiosa e, algumas vezes, até atrevida, que descobre na toca de um coelho um mundo inteiro de aventuras.
Coleciono diferentes edições desta história. Uma das que mais gosto é a edição em francês ilustrada pela Rebecca Dautremer.



Como pegar uma estrela - Oliver Jeffers 

Uma história que nos faz ter mais uma vez, a inocência do menino que acredita nas pequenas coisas e, por isso, consegue realizar os sonhos mais difíceis 'Como pegar uma estrela'.



Obax - Andre Neves

Uma das melhores coisas em trabalhar numa Livraria é conhecer histórias do mundo todo e adentrar em universos distintos do nosso. Foi assim, que me apaixonei pelas lendas, cultura e coragem do povo africano e, sobretudo, pela história da pequena Obax, contada pelo autor e ilustrador Andre Neves, com uma sensibilidade e beleza que enternecem o coração da gente. 

Impossível não acompanhar cada aventura da destemida menininha, que nos mostra através do seu olhar, um mundo inteiro.

"Quando o sol acorda no céu das savanas, uma luz fina se espalha sobre a vegetação escura e rasteira. O dia aquece, enquanto os homens lavram a terra e as mulheres cuidam dos afazeres domésticos e das crianças. Ao anoitecer, tudo volta a se encher de vazio, e o silêncio negro se transforma num ótimo companheiro para compartilhar boas histórias.
Ali morava a pequena Obax.
Para uma criança, viver numa paisagem como aquela pode ser perigoso. Mas Obax não tinha medo. Corria pela planície em busca de aventuras e depois retornava com os olhinhos brilhantes.
As histórias eram muitas".


2 comentários:

Talita disse...

Esse livro é lindo! E a Sonia Junqueira é perfeita!! Amo!!

Unknown disse...

Oi, Deniz!
Fico contente que tenha se identificado com o projeto do livro e que conseguimos despertar aquela vontade viradora de página na sua leitura...
Beijão e obrigado por ter recomendado.